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23 de outubro de 2009

O Pequeno Príncipe

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Quando eu vi essas duas notícias no G1 (e compartilhei com a Ana Clara que, para minha surpresa, obteve a mesma reação que eu) fiquei 'encantada'. Para quem sabe ou não, a obra do Pequeno Príncipe é algo que realmente me fascina. Tiro o chapéu e dou meus parabéns à pessoa que teve a brilhante idéia de 'arquitetar' uma exposição sobre este livro e seu autor. Uma idéia abstrata que com certeza deve ter ser tornado algo e instigante, atrativo, curioso e surpreendente.
Um dos melhores e mais sábios livros existentes até hoje (não é à toa que trata-se do terceiro livro mais traduzido no mundo). Um livro que não deveria ser lido e exigido apenas por candidatas à 'miss alguma coisa'. Portanto... quem nunca leu, vale a pena se aventurar nas páginas desta clássica obra escrita pelo francês Antoine de Saint-Exupéry. Admito: sou fã desse cara que soube usar as palavras e a filosofia de um modo simples e suave. Difícil citar apenas uma grande lição deste livro quando na verdade ele possui muitas. Então, selecionei aqui algumas (dentre muitas) frases que se destacam no decorrer dessa incrível história sobre um pequeno príncipe que, com sua jornada, a cada capítulo nos faz descobrir mais sobre verdades que não deveriam ser esquecidas e sempre praticadas.

"Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa."
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"Há vitórias que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam."
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"Se tu choras por ter perdido o sol, as lágrimas te impedirão de ver as estrelas."
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“É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar”
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“Tu julgarás a ti mesmo – respondeu-lhe o rei – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.”
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“O que torna belo o deserto – disse o principezinho – é que ele esconde um poço em algum lugar.”
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“Os homens – disse o pequeno príncipe – embarcam nos trens, mas já não sabem mais o que procuram. Então eles se agitam, sem saber pra onde ir. (...) E isso não leva a nada...”
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"A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa-. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm amigos."
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" Se tu vens por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz. Ás quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens por exemplo a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...É preciso criar rituais."
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"Agora vou contar-te um segredo: Nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas tu não deve esquecê-la. Tu tornas-te eternamente responsável por tudo aquilo que cativas."
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"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém... Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem."
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~> Este livro é também um teste. É o verdadeiro desenho número 1. Se não o quiseres compreender, se não te interessares pelo seu drama, aqui fica a sentença do Príncipe:
"Tu não és um homem de verdade. Tu não passas de um cogumelo!" (Trecho Extraído da Nota de Introdução).

19 de outubro de 2009

Horário de Verão

Horário de verão = perde-se uma hora = 23 horas?!
Horário normal = ganha-se uma hora = 25 horas?!

E as 24 horas?! Será apenas um imaginário fixo em nossas mentes para nos orientarmos no dia-a-dia?!
De que adianta?! 23, 24 ou 25 horas não são o suficiente para se fazer tudo durante o dia mesmo.

E não importa quantas vezes o horário mude... eu continuo com a péssima (ou ótima) mania de trocar o dia pela noite. =P

Nada mais a declarar!

12 de outubro de 2009

12 de Outubro - O famoso dia das crianças!

Parece que um filme acaba de rodar na minha mente... lembrei da minha infância, desde os amigos, brincadeiras e momentos vividos nas três cidades pelas quais já passei e morei (São João de Meriti, Belford Roxo e Campos). Cada uma delas guarda algo de especial. Hoje recordo daqueles que dividiram essa fase da vida comigo e fizeram minha infância ter um valor a mais... são eles os amigos que cativei em cada lugar... uns ficaram pelo caminho deixando saudades, outros conseguiram manter-se presentes até hoje.
E como falar da minha infância sem citar o nome de 3 pessoas que deram a ela um brilho a mais: Kétsia, Tarsis e Ralph. Com eles foram inúmeras e hilariantes histórias a se compartilhar. E nessa mistureba toda houve pique-esconde, queimado, vôlei na rua, imitação do programa do Raul Gil para zoar a coitada da Cristine (rs), banhos de chuva, tombos de bicicleta e patins, viodeogame, barbie, danças de Sandy e Junior, Backstreet Boys, Spice Girls e Chiquititas, as variadas imitações de Power Rangers, as pegadinhas do Tarsis com o Ralph que sempre foi o medroso da turma (rs), as idas até a pracinha para brincar no parquinho com tia Lucinha, as nossas idas com a família à adorável roça na qual todos se encontravam e se divertiam, os brigadeiros de panela, os banhos de piscina lá em casa no Rio, as faxinas que a gente dava na casa fazendo a maior farra, as várias vezes em que eu e Kétsia brigávamos com Tarsis para ver 'Carinha de Anjo' enquanto ele queria assistir futebol, o famoso filme 'Os Batutinhas' que assistíamos umas 3 vezes por dia ao ponto de até hoje sabermos as falas. Sem deixar de citar também as cartinhas que eu e Kétsia trocávamos durante o ano esperando ansiosas pelas as próximas férias de janeiro em que eu pudesse vir para Campos e estar com os primos novamente, sem saber que um dia eu me tornaria a mais nova integrante deste lugar (como a gente planejou isso e tentou convencer nossos pais né Kétsia?! Pois bem, conseguimos! rs). E assim foi... juntos nós 3 caminhamos dividindo momentos alegres e sendo companheiros nos momentos difíceis (não tem como esquecer do dia e da dor que sentimos quando juntos recebemos a notícia sobre o falecimento do tio Gilmar... parecia que o tempo havia escurecido e um vento forte passara naquele quintal levando nossa alegria, mas diante dessa tempestade nos unimos e buscamos forças dispostos a apoiar o Ralph e a Laura naquele momento triste para todos nós, principalmente para eles). A infância deu lugar à adolescência, que por sua vez abriu as portas para a nossa tão sonhada juventude.

É bom demais recordar tudo isso... no fundo é uma realização e uma certeza de que cada um de nós deu o melhor de si e fez a história valer à pena. Enfim, o tempo passa, a gente cresce, recorda com alegria, se permite uma pontinha de saudade, e abre alas para que a nova geração tenha o privilégio de desfrutar pelo menos metade do que vivemos, a fim de que um dia eles também encerrem esse ciclo e passem o bastão para outros. Tudo que tenho a dizer é que foi uma infância simples, pura e sincera. Daquelas que tempo não paga e dinheiro nenhum compra.

Um super beijo para aqueles que junto comigo formaram o quarteto fantástico dessa infância: Kétsia (a companheira, divertida e espoleta), Tarsis (o palhaço, carinhoso e ciumento), Ralph (o medroso, implicante e zeloso). Obrigada mesmo, isso é tudo que tenho a dizer! =)

"O enredo não seria tão atrativo sem vocês no elenco!"

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E para quem de fora que lê esse blog... bem, esse post foi em homenagem a essas 3 pessoas que nunca passaram despercebidas pela minha vida e história.
Deixando claro também que isso não é um post triste ou saudosista, pelo contrário... ele tem uma essência que talvez só um dos envolvidos nesse contexto possam entender. Ou até quem sabe você de fora se identifique com alguns pontos escritos aqui e se permite recordar de coisas que não deveriam ser esquecidas jamais!

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Escrevendo esse texto em pleno dia das crianças, me veio uma felicidade por ter sido criança e ter desfrutado disso com tanta intensidade. Porém, por outro lado, me bateu uma angústia ao lembrar que em muitos orfanatos do país existem crianças que não comemoram esse dia e se orgulham dessa fase tão mágica. Me lembrei do carinho que tenho por crianças, e a verdade é que em alguns minutos atrás dessa madrugada me peguei olhando para o espelho e me bateu um grande incômodo em querer fazer algo por essas crianças, em querer levar um pouco de alegria para elas, não necessariamente na data de hoje... mas em algum dia do mês, ou até quem sabe em muitos dias do ano. É incrível como nós seres humanos nos alegramos com momentos da nossa vida, e nos esquecemos de que não nos mataria ou custaria muito poder dividir um pouco dessa alegria com quem precisa. Bom, resumindo: me senti um pouco inútil e egoísta, mas também com uma vontade grande de fazer algo mais e que traga brilho para vida destes pequenos seres. Que Deus me ajude a não deixar isso morrer e se transformar em apenas uma sensação passageira!

28 de agosto de 2009

Entre rotinas e mudanças

Não, isso não é uma miragem... o blog realmente está de cara nova, depois de uns 2 anos e meio no mesmo estilo né?! rs
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Parece meio bobo, mas essa simples mudança me fez pensar sobre algumas coisas: tudo muda numa determinada época da vida. Mudanças são imprescendíveis. Como sempre digo, sou meio suspeita para falar disso, aqueles que me tem add no orkut já deve ter visto naquele espaço perfil, na parte pessoal, que pergunta sobre o que não suporto... pois bem, entre minhas respostas lá está: 'rotinas extremas'. Por que o extremas?! Pelo simples fato de que muitas das vezes as rotinas são necessárias para se traçar uma linha na vida, mas eu defendo apenas as rotinas básicas como: estudar, trabalhar, essas coisas que precisamos para ter um caminho definido e não se perder completamente. Porém, nem tudo na vida precisa seguir uma rotina, o dia-a-dia não precisa ser recheado de coisas que se fazem repetidamente... gerando assim uma consequente decepção do ser humano em ver que a vida vai perdendo a graça, afinal não consegue fazer nada mais de diferente além daquilo que está pré-determinado. Definitivamente, isso é incompatível comigo e não me vejo encaixada nesse esquema de 'será que todo dia vai ser sempre assim?!"
Então, é nesse ponto que se encaixa as 'rotinas extremas'. No ponto de que quando você se entrega a elas acaba esquecendo quem você é, o que você quer e gosta, ou o que você deseja dessa vida. Bom, há quem prefira seguir um padrão na vida e encontre segurança desse modo. Eu também gosto de ter segurança, todos gostam, mas isso não significa que eu preciso me prender às rotinas e deixar de sonhar em alcançar objetivos maiores para minha vida. Como eu já disse, rotinas básicas são necessárias para este tipo de coisa de segurança e estabilidade... o negócio é não deixar elas se tornarem extremas ao ponto de te limitar. E, particularmente, eu gosto desse toque de mistério sobre quais os rumos que minha vida vai tomar, quais mudanças me aparecerão, ou até quem sabe... quantas vezes serei apresentada às rotinas para dizê-las que na minha vida elas são limitadas.
É bom mudar o rumo de vez em quando, deparar com novidades, arriscar, tentar, se sentir 'livre', seguir um fluxo diferente do qual você já se encontra. Mudanças causam medo de início em qualquer pessoa, porque quase sempre elas envolvem variadas coisas... mas isso faz parte, e no fundo isso é algo fascinante, porque um dia a gente pára, olha para trás e vê como as coisas podem evoluir a partir do momento que tomamos uma decisão ou fazemos uma escolha que a princípio parece simples, mas que lá na frente alcança uma proporção muito maior e inesperada.
Enfim, apesar do receio que elas causam, continuo a defender e ser favorável elas... porque cá entre nós: "A vida seria muito sem graça se tivéssemos que seguir a mesmice de sempre, ou então se desde sempre já soubéssemos o desenrolar da redação que compõe a nossa história... sem ter o privilégio de refletir a introdução, curtir o desenvolvimento, e aguardar com um toque de surpresa pela conclusão!"
Pois bem, rotinas cansam e se despedem de nós; mudanças fazem parte, acontecem, elas chegam e nos cumprimentam... com um ar de novidade, ou até um gás de renovação. E tudo se torna um grande ciclo no qual a mudança de hoje pode se transformar na rotina de amanhã! E assim tudo recomeça à espera de uma nova escolha, decisão ou quem sabe um post novo. Por quê não?!
Na verdade o post de hoje nem seria sobre isso, mas ele sofreu uma 'mudança' quando comecei a escrever. Como eu disse lá no início, o blog está de cara nova... chegou a vez dele sair da rotina e enfrentar uma mudança. =P
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"Talvez certas horas eu goste de aventuras, talvez outras eu goste de tranquilidade. Talvez seja isso... entre as rotinas e as mudanças, eu fico com o mistério e a garra para viver cada dia de um modo novo, ou se preciso igual."
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Richard, obrigada pela ajuda na mudança do blog. Tô aprendendo né?! huahua
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Ana Clara, não sei porquê mas lembrei de você enquanto escrevia! =)
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Elvino, obrigada por em junho ter me incentivado a voltar a escrever. (ñ sei se você sabe... rs)

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- Lilian F. Pires -

18 de agosto de 2009

Hoje acordei com uma sensação diferente... acho que com vontade de viver e ser quem sempre fui! Não quero me perder em meio aos desencontros e imprevistos da vida, mas prefiro olhar para eles com um brilho de otimismo nos olhos e um toque de coragem pulsando junto de mim.
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Então ela vai pegar uma mochila e um mp3, subir num ônibus e partir ao som de Luciana Mello cantando que "Hoje eu só quero que o dia termine bem...”
O destino ideal e escolhido é uma praia... entrar na água, lavar a alma, sentir o sol entrar em contato com a pele e depois caminhar de volta à areia com passos leves... sentar na areia ao entardecer, olhar para o mar, deixar a brisa encostar no rosto e bagunçar o cabelo, observar a simplicidade, analisar o tempo, refletir a vida e sorrir pelo simples fato de estar alí desfrutando de um momento sereno, tranqüilo e pacificador.
O sol vai se pôr, ela vai juntar suas coisas e ir para algum lugar a fim de descansar, tomar um banho, colocar um vestido leve que balance ao vento ao ponto de convida-la para dançar, arrumar o cabelo de modo que deixe transparecer um rosto angelical, e se deixar embalar ao som de músicas que combinem com o barulho das águas do mar.
A noite vai chegando, ela está pronta exterior e interiormente para caminhar em direção àquela mesma praia que agora a convida para um lual ao lado dos velhos amigos, e ali ficarão acompanhados de um luar, uma fogueira e um violão no qual saem sons dedilhados de forma leve e doce que atingem os corações de cada um e aranca sorrisos de satisfação, fazendo surgir mais uma vez um momento único... e um desejo de fazer o tempo parar por alguns segundos, minutos, horas ou até mais.
E assim aquele dia vai encerrar, ela vai dormir, no dia seguinte acordar se sentindo ‘livre’ e renovada, pegar seus indispensáveis acessórios (a mochila e mp3), entrar no ônibus, se acomodar, e seguir viagem ao som Jack Johnson: "Times like these..."

Bom... como não dizer que o dia terminou bem depois de times like these?!
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*Um jeito irreverente... é isso que ela gosta de ver refletindo no espelho!*
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P.S: Talvez a terceira pessoa seja na verdade a primeira pessoa... e nessas horas não adianta entender a gramática! ;)

30 de julho de 2009

Metamorfose da Mente

Não era preciso muito para se notar as mudanças, não se tratavam apenas de mudanças físicas, mas sociais e psicológicas. Pensava no antes, no agora, e já também no futuro. Concluiu que... sim, ela havia mudado. Porém ela não escolheu isso, simplesmente aconteceu. E na verdade, ela sabia que isso aconteceria, inclusive neste momento. Decisões e sonhos que antes eram por momentos e fáceis de serem tomados, agora tinham mais responsabilidade e carregariam uma longa etapa de vida, ou até quem sabe ela toda.

Mudanças lhe assustavam um pouco, causavam medo e tensão. Se perguntava se queria e estava pronta para essa transição, mas não havia escolha... mais cedo ou mais tarde tarde iria encará-la. A questão é que não sabia como fazer isso e nem por onde começar. Primeiro precisava aceitar mudar e lidar com as consequências. Sabia que era capaz disso, mas não conseguia assimilar que a capacidade estava relacionada com a coragem e a vontade de se aventurar em um hemisfério diferente daquele em que vivera até hoje.

*Era como uma metamorfose da mente que envolve dois mundos numa pessoa só!*

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"Make a wish, take a chance, make a change and breakaway
Out of the darkness and into the sun
But I won't forget all the ones that I love
I'll take a risk, take a chance, make a change and breakaway"
[ Breakaway - Kelly Clarkson ]

23 de junho de 2009

Ela procurava por respostas, e acabou encontrando-as. Porém, estas não lhe pareciam dizer a respeito. Concluiu que eram respostas para os outros, e não as suas. Mas isso a atraiu e lhe causou curiosidade. Não se contentou apenas com as respostas, queria conhecer suas perguntas originárias. E foi assim que começou o vício de querer desvendar pensamentos, como se lhe fosse capaz ler as mentes das pessoas, e por um instante acreditar que pudesse dominar ou se tornar uma 'líder' dos pensamentos alheios.

Sua personalidade mudou, sua presença se tornou algo incômodo para aqueles que tentavam se desvencilhar de suas perguntas-chave. Ela fazia do 'desvendar' um hobbie, até o hobbie virar rotina, e a rotina se tornar um tédio. As respostas que antes lhe surgiram tão sutilmente agora pareciam indecifráveis. Questionou e indagou, porém em troca recebia silêncios e olhares de desconforto. Estava conseguindo viver, mas ficou difícil praticar o conviver.

Buscava agora dentro de sua própria mente por uma solução. Não sabia o caminho de volta, decidiu pedir informação a alguém, mas não havia a quem recorrer. Pensou em pegar um atalho, mas recordou-se de que só se encontrava assim por justamente ter escolhido um. Agora estava sozinha, como companhia lhe restava somente as perguntas não respondidas dos outros e, consequentemente, também as suas.

Uma confusão tomava conta, os pensamentos davam nós. em sua frágil mente que não tentava penetrar em mais nenhuma outra, talvez nem em si própria. Era, literalmente, corpo presente e mente ausente. Pensou, pensou, ou ao menos tentou... pensar já não mais conseguia, pois havia gasto toda essa prática formulando perguntas e tentando descobrir os pensamentos ao redor.

As perguntas antes formuladas para os outros agora também eram suas, ou talvez nunca deixaram de ser. Não compreendia como havia chegado até esse estágio. E agora se questionava: "Por que me foram dadas as respostas dos outros?" / "Por que tenho de encarar olhares de indiferença?" / "O que me é preciso para conseguir obter as respostas?" / "Ou será que eu quem não está conseguindo entendê-las?"

O fato é que o querer 'entrar' na mente das pessoas fizeram com que ela não estivesse mais presente nas mesmas. Tudo isso porque não soubera interpretar que, desde o começo, as respostas 'dos outros' na verdade sempre foram suas... Pobre menina, não estava pronta para ouvir a verdade, foi mais fácil pegar o atalho ao encarar a estrada. Agora, quem sabe, talvez tudo se resolva com uma aula de interpretação de mente e outra de leitura de olhares.

Moral da História: "Em um mundo de perguntas e respostas, cada um deve saber interpretar as que levam consigo e as que vão nos olhos de quem passa. Não é preciso voz, mas sensibilidade."

- Lilian F. Pires -

P.S: Texto dedicado a Ana Clara que ao pedir uma dica sobre determinado assunto para um texto me incentivou a escrevê-lo... Bom, não sei se era exatamente isso que ela estava pensando e tentando me dizer, mas talvez se aproxime da idéia. Afinal, como ela mesma me disse: algumas coisas pensadas não precisam ser ditas não é mesmo?!

27 de maio de 2009

Quase 1 ano depois e eu volto a postar nesse blog... como estou numa época de saudosismo e faz mt tempo que não venho aqui... posto um texto feito ano passado sobre nada mais do que 'o tempo'!

"O tempo realmente passa muito rápido...

Tão veloz ao ponto de você se perder dentro dele.
E a prova disso esté no ato de parar e olhar para trás
Mas não apenas olhar com o movimentar das retinas,
Mas com o coração e o admirar da alma.

Se emocionar e deixar cair lágrimas de seus olhos e um sorriso de seus lábios.
Sentir com tamanha intensidade cada momento que cicatrizou,
Lembrar com afeição de cada pessoa única e marcante,
Orgulhar-se de tudo que aprendeu e leva consigo até hoje.

Recordar-se das decisões mais importantes que já tomou,
E das conquistas mais belas pelas quais você lutou.
Redescobrir os sentimentos mais puros que te alcançou,
E assim poder juntar cada pedaço dessa história
Que você guarda no coração e eterniza na memória!

E o que dizer do tempo?
Se eu o definisse poderia estragar todo esse encanto das recordações, então a única coisa a se dizer é que... Enfim, só sei que ele passa!"

- Lilian F. Pires - 2008