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12 de outubro de 2009

12 de Outubro - O famoso dia das crianças!

Parece que um filme acaba de rodar na minha mente... lembrei da minha infância, desde os amigos, brincadeiras e momentos vividos nas três cidades pelas quais já passei e morei (São João de Meriti, Belford Roxo e Campos). Cada uma delas guarda algo de especial. Hoje recordo daqueles que dividiram essa fase da vida comigo e fizeram minha infância ter um valor a mais... são eles os amigos que cativei em cada lugar... uns ficaram pelo caminho deixando saudades, outros conseguiram manter-se presentes até hoje.
E como falar da minha infância sem citar o nome de 3 pessoas que deram a ela um brilho a mais: Kétsia, Tarsis e Ralph. Com eles foram inúmeras e hilariantes histórias a se compartilhar. E nessa mistureba toda houve pique-esconde, queimado, vôlei na rua, imitação do programa do Raul Gil para zoar a coitada da Cristine (rs), banhos de chuva, tombos de bicicleta e patins, viodeogame, barbie, danças de Sandy e Junior, Backstreet Boys, Spice Girls e Chiquititas, as variadas imitações de Power Rangers, as pegadinhas do Tarsis com o Ralph que sempre foi o medroso da turma (rs), as idas até a pracinha para brincar no parquinho com tia Lucinha, as nossas idas com a família à adorável roça na qual todos se encontravam e se divertiam, os brigadeiros de panela, os banhos de piscina lá em casa no Rio, as faxinas que a gente dava na casa fazendo a maior farra, as várias vezes em que eu e Kétsia brigávamos com Tarsis para ver 'Carinha de Anjo' enquanto ele queria assistir futebol, o famoso filme 'Os Batutinhas' que assistíamos umas 3 vezes por dia ao ponto de até hoje sabermos as falas. Sem deixar de citar também as cartinhas que eu e Kétsia trocávamos durante o ano esperando ansiosas pelas as próximas férias de janeiro em que eu pudesse vir para Campos e estar com os primos novamente, sem saber que um dia eu me tornaria a mais nova integrante deste lugar (como a gente planejou isso e tentou convencer nossos pais né Kétsia?! Pois bem, conseguimos! rs). E assim foi... juntos nós 3 caminhamos dividindo momentos alegres e sendo companheiros nos momentos difíceis (não tem como esquecer do dia e da dor que sentimos quando juntos recebemos a notícia sobre o falecimento do tio Gilmar... parecia que o tempo havia escurecido e um vento forte passara naquele quintal levando nossa alegria, mas diante dessa tempestade nos unimos e buscamos forças dispostos a apoiar o Ralph e a Laura naquele momento triste para todos nós, principalmente para eles). A infância deu lugar à adolescência, que por sua vez abriu as portas para a nossa tão sonhada juventude.

É bom demais recordar tudo isso... no fundo é uma realização e uma certeza de que cada um de nós deu o melhor de si e fez a história valer à pena. Enfim, o tempo passa, a gente cresce, recorda com alegria, se permite uma pontinha de saudade, e abre alas para que a nova geração tenha o privilégio de desfrutar pelo menos metade do que vivemos, a fim de que um dia eles também encerrem esse ciclo e passem o bastão para outros. Tudo que tenho a dizer é que foi uma infância simples, pura e sincera. Daquelas que tempo não paga e dinheiro nenhum compra.

Um super beijo para aqueles que junto comigo formaram o quarteto fantástico dessa infância: Kétsia (a companheira, divertida e espoleta), Tarsis (o palhaço, carinhoso e ciumento), Ralph (o medroso, implicante e zeloso). Obrigada mesmo, isso é tudo que tenho a dizer! =)

"O enredo não seria tão atrativo sem vocês no elenco!"

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E para quem de fora que lê esse blog... bem, esse post foi em homenagem a essas 3 pessoas que nunca passaram despercebidas pela minha vida e história.
Deixando claro também que isso não é um post triste ou saudosista, pelo contrário... ele tem uma essência que talvez só um dos envolvidos nesse contexto possam entender. Ou até quem sabe você de fora se identifique com alguns pontos escritos aqui e se permite recordar de coisas que não deveriam ser esquecidas jamais!

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Escrevendo esse texto em pleno dia das crianças, me veio uma felicidade por ter sido criança e ter desfrutado disso com tanta intensidade. Porém, por outro lado, me bateu uma angústia ao lembrar que em muitos orfanatos do país existem crianças que não comemoram esse dia e se orgulham dessa fase tão mágica. Me lembrei do carinho que tenho por crianças, e a verdade é que em alguns minutos atrás dessa madrugada me peguei olhando para o espelho e me bateu um grande incômodo em querer fazer algo por essas crianças, em querer levar um pouco de alegria para elas, não necessariamente na data de hoje... mas em algum dia do mês, ou até quem sabe em muitos dias do ano. É incrível como nós seres humanos nos alegramos com momentos da nossa vida, e nos esquecemos de que não nos mataria ou custaria muito poder dividir um pouco dessa alegria com quem precisa. Bom, resumindo: me senti um pouco inútil e egoísta, mas também com uma vontade grande de fazer algo mais e que traga brilho para vida destes pequenos seres. Que Deus me ajude a não deixar isso morrer e se transformar em apenas uma sensação passageira!

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